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Origens do FIPA :

Fórum Internacional do Patrimônio Arquitetônico Brasil/ Portugal

A história do FIPA (Fórum Internacional do Patrimônio Arquitetônico - Brasil/ Portugal) tem início com o encontro de duas arquitetas, Maria Rita Amoroso[1] (Brasil) e Alice Tavares[2] (Portugal), que resulta na proposta comum de unir os dois continentes para discutir as técnicas construtivas e retomar esta relação entre Portugal e Brasil – por vezes problemática, mas também emblemática em sua união – justamente através do Patrimônio.

 

Ainda no início, o engenheiro português Aníbal Costa[3] se uniu a ambas arquitetas; juntos, e impulsionados pela ideia de uma retomada positiva das relações entre os dois países, os três profissionais pensaram na criação de um fórum de debates sobre o patrimônio arquitetônico e cultural, em âmbito local e mundial, como forma efetiva de dar continuidade às discussões e trocas de informações sobre o Patrimônio na atualidade, em prol de iniciativas de melhoramentos e progresso para ambas as nações.

 

Cientes de que na contemporaneidade muito se discute sobre os revezes da relação histórica entre Portugal e Brasil, muitas vezes mediante a sinalização, de ambas as partes, da responsabilidade pelos problemas decorrentes desta relação (de um lado, os portugueses e o efeito/causa da colonização; de outro, graças aos colonizadores houve no Brasil políticas de ocupação e planejamentos que culminaram no nascimento de uma nova nação), o FIPA nasce de um posicionamento não apenas profissional destes três profissionais, mas, sobretudo, de uma postura política e ética de Amoroso, Tavares e Costa em prol da construção de um fórum único capaz de agregar, enfim, as técnicas e as soluções mais recentes na arquitetura mundial.

 

É por isso que o FIPA, desde sua criação em 2014, é responsável por fomentar, enriquecer e consolidar políticas culturais de cunho real, tanto teóricas quanto práticas, voltadas à preservação, à gestão e ao uso/reúso do patrimônio arquitetônico.

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[1] Maria Rita Amoroso é arquiteta: coordenadora Geral do FIPA  Brasil – Fórum Internacional de Patrimônio Arquitetônico Brasil /Portugal (FIPA). Doutora em Arquitetura, Tecnologia e Cidadepela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Investigadora no curso de Pós Doutoramento na vertente do Patrimônio do Brasil e Portugal na Universidade de Aveiro (UA) .Atualmente  Investigadora no curso de Pós Doutoramento na Universidade de São Paulo – FAU /USP  Laboratório Campinas: prospecção em Arqueologia da Paisagem com proposições  de um manual de conservação para centros históricos. Presidente do  CICOP.NET /BRASIL (Florença, Itália), Presidente  HYPATIA International Award  - BRAU/CICOP (Florença - Itália).  Conselheira titular do CONDEPACC – Conselho do Patrimônio Cultural - Campinas/SP. Trabalhou entre 2009 e 2012 como assessora para projetos específicos de grande porte, dentro das secretarias: de Urbanismo SEMURB, planejamento SEPLAN, Cultura e Transporte da Prefeitura  Municipal de Campinas. Ex coordenadora da Comissão de Patrimônio Cultural CAU /SP 2018-2020 .Autora do Projeto de Requalificação Urbana da Av. Francisco Glicério  (ano: 2015) e Av.Campos Sales Campinas-SP (ano: 2022). Desenvolve vários projetos de requalificação , restauro e conservação.

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[2] Alice Tavares é arquiteta, investigadora na área dos materiais e reabilitação de edifícios, Presidente da APRUPP – Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património. Foi bolseira de investigação de pós-doutoramento da FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2015-2020), atualmente é investigadora Pós-doutorada no CICECO, Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica, Universidade de Aveiro. Doutorada em Engenharia Civil (2015) com especialização em Reabilitação e edificado antigo, foi docente convidada para o curso de Reabilitação do Património da Universidade de Aveiro, onde lecionou as UC de Metodologias de reabilitação, História da Arquitetura I e II, História de Estruturas e Construção, Materiais tradicionais, Projeto. É Principal Investigator (PI) da Universidade de Aveiro para o projeto Europeu ENGINEER (2022-2025). Orienta teses de doutoramento, pós-doutoramento e mestrado em arquitetura, engenharia civil e conservação e restauro, nacionais e internacionais. É autora de livros, capítulos e artigos da área da Reabilitação e estratégias integradas de Conservação. É Membro do Comitê de gestão do Projeto Europeu Underground Built Heritage as catalyser for community valorisation. É co-autora de vários Relatórios de inspeção e diagnóstico de edifícios a nível nacional. Membro de CAEs da A3Es para a avaliação de cursos na área da Reabilitação. É Co-coordenadora geral do FIPA Portugal – Fórum Internacional do Património Arquitetónico Portugal Brasil. É membro do júri do prémio nacional Nuno Teotónio Pereira (IHRU) e de júris de prémios de municípios, na vertente de Reabilitação de Edifícios. É coordenadora da P3R, Lda na área de projetos de reabilitação. Foi Coordenadora (APRUPP) da Campanha World Heritage Volunteers da WHV-UNESCO, Porto (2021). Foi membro do grupo de investigação do projeto Europeu Innovation in Intelligent Management of Heritage Buildings, foi Coordenadora do Grupo Sísmica da Ordem dos Arquitetos, foi Presidente do CICOP.Net Portugal e Presidente do Núcleo de Arquitetos de Aveiro (distrito) da Ordem dos Arquitetos.

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[3] Aníbal Guimarães da Costa: Licenciado em Engª Civil (FEUP, 1976). Doutoramento em Engenharia Civil, FEUP, 1989. Agregação em Engª Civil, FEUP, 2002.
Professor Catedrático Convidado da Universidade de Aveiro.  Sócio Gerente da firma GEPECTROFA, Lda. Membro Conselheiro da Ordem dos Engenheiros com o nº 13892. Especialista em Estruturas pela Ordem de Engenheiros. Editor de 21 livros, autor de 96 livros e capítulos de livros nacionais e internacionais, 126 artigos em revistas internacionais, 66 em revistas nacionais e mais de 500 artigos em conferências nacionais e internacionais.  Esteve ligado a centenas de projetos de reabilitação estrutural do património arquitetónico com muitas intervenções de grande relevo tendo algumas delas recebido diversos prémios nacionais e internacionais, tais como: Sé Catedral de Santarém; Sé de Lisboa; Sé de Beja; Sé Velha de Coimbra; Sé Nova de Coimbra; Sé de Viseu; Igreja de São Francisco em Évora; Igreja e Torre dos Clérigos no Porto; Antigo Edifício dos CTT em Lisboa 8 Building | Lisboa; Associação dos Albergues Nocturnos do Porto; Casa Salabert no Porto; Casa Belos Ares no Porto e Estufas Tropicais do Jardim do Botânico da Universidade de Coimbra.

 

Coincidentemente, à época da preparação para o 1º FIPA, a arquiteta e urbanista Maria Rita Amoroso exercia a função de Diretora do Núcleo IAB-Campinas, tendo feito os convites e sido responsável pela consolidação das parcerias que resultaram na assinatura conjunta de um Protocolo de Cooperação Internacional entre o Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB-Núcleo Campinas)[1], a UA-Universidade de Aveiro[2], a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCampinas) e a Prefeitura de Campinas, a fim de que a 1ª edição do FIPA se desse no Brasil e em sua cidade, Campinas.

 

Tal convênio entre instituições brasileiras e portuguesas não apenas possibilitou a concretização do fórum conforme o ideário inicial pensado pelos profissionais de ambos os países, como moldou o formato do FIPA frente às demais edições, de forma a intercalar encontros um ano no Brasil e outro em Portugal, agregando profissionais de ponta nos campos científicos, técnicos e de gestão do patrimônio.

 

Desta feita, na ocasião do Fórum “Brasil-Portugal Sustentabilidade” no dia 25 de Junho de 2014, na Casa de Campo do Hotel Royal Palm Plaza, em Campinas, foi apresentado o Protocolo de Cooperação Internacional firmado entre o Instituto de Arquitetos do Brasil, a Universidade de Aveiro, a Prefeitura Municipal de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas, e realizado o lançamento do 1º FIPA. Este Termo de Cooperação garantiu que houvessem abordagens desenvolvidas no âmbito do FIPA frente às diversas ações e metodologias a adotar na reabilitação do Patrimônio, bem como os novos usos a dar aos edifícios antigos, a manutenção de elevados níveis de autenticidade, a sustentabilidade das intervenções e o valor da paisagem cultural.

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[1] O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) é uma organização não governamental de representação de arquitetos e urbanistas brasileiros, que se dedica a temas de interesse do arquiteto, da cultura arquitetônica e de suas relações com a sociedade. Fundado no Rio de Janeiro em 26 de janeiro de 1921, está presente em todos os Estados da Federação e no Distrito Federal. É também a mais antiga das entidades brasileiras dedicadas à arquitetura, ao urbanismo e ao exercício da profissão. Em âmbito internacional, o IAB é membro fundador da União Internacional de Arquitetos (UIA, órgão consultivo da UNESCO) e do Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP), participando ainda da Federação Pan-Americana de Associações de Arquitetos (FPAA). No Brasil, por meio de sua Direção Nacional, integra o Colegiado das Entidades Nacionais de Arquitetura e Urbanismo (CEAU) - órgão consultivo da estrutura do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).

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[2] A Universidade de Aveiro (UA) foi criada em 1973, sendo desde 2009 uma fundação pública com regime de direito privado. Atualmente, é frequentada por cerca de 17000 estudantes de graduação e pós-graduação, sendo que 9% são estudantes internacionais. Desde o dia 31 de outubro de 2019, a UA passou a fazer parte da Rede Campus Sustentável através da assinatura do Compromisso das Instituições de Ensino Superior (IES) com o desenvolvimento sustentável.

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Prefeito de Campinas Jonas Donizette apresenta o Protocolo firmado entre as entidades

Foto: Acervo IAB Campinas

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Aníbal Costa

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Maria Rita Amoroso

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Alice Tavares

O 1º FIPA ocorreu em 30 de outubro de 2014 no Brasil, na cidade de Campinas, no Plenário da Câmara Municipal de Campinas. A proposta geral foi de debater ações e políticas de preservação e proteção do Patrimônio Cultural e Arquitetônico Campineiro. Divididos em mesas-redondas, ao longo do dia (8 às 19h), especialistas e palestrantes debateram diversos temas relacionados ao patrimônio em questão. A parceria técnica-cultural ligada às universidades, por sua vez, através de intercâmbios acadêmicos, proporcionou a troca de experiência entre os dois lados do atlântico, unindo expertises, aprendizagem e novas descobertas através da convivência social entre seus alunos, pesquisadores e agentes culturais.

 

Em 2015, o 2º FIPA realizou-se na Universidade de Aveiro, em a organização conjunta com a APRUPP e a participação do Núcleo - IAB Campinas. A segunda Edição do FIPA pretendeu dar continuidade ao Fórum do ano anterior no sentido de divulgar e debater o trabalho que tem sido desenvolvido nos dois países em torno do Património edificado, a sua manutenção, reabilitação e dinamização como processo de criação de valor.

Como objetivo principal, o 2º FIPA teve a partilha de saberes e experiências ao nível técnico, científico e cultural que permitiram consolidar ações conjuntas, parcerias e, ainda, o debate em torno das políticas culturais relativas à gestão do Património, com especial enfoque na ligação entre Portugal e o Brasil e o seu legado comum.

A arquiteta e urbanista Dra. Maria Rita Amoroso (PhD), coordenadora brasileira do FIPA, observa que Brasil e Portugal estão unidos por sua herança comum: “Historicamente, os legados materiais e imateriais desses dois países estão firmemente entrelaçados, e nosso principal objetivo é preservar toda essa riqueza e diversidade”.

 

O 3º FIPA, de volta ao Brasil nesta terceira edição do Fórum ocorrida no ano de 2016, retornou à cidade de Campinas e foi promovido pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (São Paulo), tendo sido realizado no campus da PUC-Campinas entre os dias 11 e 14 de maio.

Com o apoio do Núcleo Regional Campinas do Instituto de Arquitetos do Brasil, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e o Programa de Pós-Graduação em Urbanismo (POSURB) da PUCCampinas, e da Universidade de Aveiro (Portugal), nesta 3ª Edição o FIPA trouxe especialistas, profissionais, professores, alunos – também de origem portuguesa – para dar continuidade aos debates sobre o patrimônio arquitetônico e cultural.

 

O 4º FIPA, no ano de 2017, realizou-se em Portugal nos dias 25 e 26 de maio, no Mosteiro de Pombeiro (que integra a Rota do Românico), sob organização da Universidade de Aveiro, a Rota do Românico e a parceria do Instituto dos Arquitetos do Brasil - Núcleo de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Nesta 4ª Edição o FIPA realiza debates bilaterais envolvendo técnicos, comunidade científica, empresas, agentes culturais, Câmaras Municipais, instituições ligadas à preservação e manutenção do Património, além de demais interessados por este tema.

Os dois dias do Fórum tiveram momentos de debate para uma participação mais alargada. O primeiro dia foi pautado pela intervenção das entidades responsáveis e promotoras das ações de dinamização, financiamento e regularização das intervenções no património. O segundo dia pela apresentação de casos, como exercícios de boas práticas e reflexões de natureza técnica.

O professor Aníbal Costa, engenheiro que coordena o FIPA em Portugal juntamente com a professora Alice Tavares (que também é arquiteta), diz: “Este Fórum organizou discussões internacionais sobre o patrimônio arquitetônico, abordando os campos da tomada de decisão e prática arquitetônica, e suas interações com aspectos de identidade, cultura, mudança e desenvolvimento, diante do maior teste de nosso tempo: o desafio social”.

 

O 5º FIPA, em 2018, edição brasileira do Fórum, foi realizado pela primeira vez na cidade Rio de Janeiro, sob a Coordenadoria Geral da Dra. Maria Rita Amoroso, entre os dias 23, 24 e 25 de maio, no Museu Histórico Nacional e no Paço Imperial. Após os convites feitos pela Coordenadora Geral do FIPA no Brasil, esta edição do Fórum – assim como as demais – pode contar com a parceria pioneira do IPHAN (Ministério da Cultura) e do IAB Nacional, além das parcerias efetivas da Universidade de Aveiro (UA),  da PUC-Campinas e DPA. Nesta Edição, somaram-se a estes também a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o CAU-SP, o CAU-RJ, o ICOMOS, o DO.CO.MO.MO Brasil e TICCHI dando continuação à parceria junto ao UIA2020RIO (27º Congresso Mundial de Arquitetos em 2020, o mais importante evento de arquitetura mundial, e que também ocorrerá no Rio de Janeiro, cidade eleita pela UNESCO como a “Capital Mundial da Arquitetura”). 

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Além das palestras a cargo de especialistas e mesas-redondas seguidas de debates com o público, as atividades em torno da questão do Reúso do Patrimônio Arquitetônico e Cultural estiveram relacionadas com o Patrimônio Material e Imaterial nacional. Assim, a programação sui generis do 5º FIPA contou com visitas guiadas, exibição do documentário “Desmonte do Monte” (de Sinai Sganzerla), restauro da Maquete Rio Século XVIII – The Flood / A Inundação (restaurada pelo IPHAN especialmente para ser exposta durante o Fórum) e, por último, uma Roda de Jongo realizada graças aos esforços da arq.Maria Rita Amoroso e do Arq.Luiz Fernando Almeida Freitas que junto a Prefeitura de Vassouras  realizaram de maneira inédita dentro do Paço Imperial uma mesa redonda especifica para tratar sobre o Patrimônio Imaterial  seguida pela apresentação da Roda de Jongo com 14 mestres .

Foi também no 5º FIPA que ocorreu a apresentação final do documento sobre “Politica do Patrimônio Cultural Material“,em mesa redonda ,que uniu as mais experientes e importantes  Instituições de Patrimônio : IPHAN ,ICOMOS -BR, DO.CO.MO.MO-BR , TICCHI-BR e que resultou na PORTARIA Nº 375, DE 19 DE SETEMBRO DE 2018 Publicado em: 20/09/2018 | Edição: 182 | Seção: 1 | Página: 7-Órgão: Ministério da Cultura/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) Documento que servirá de guia pelo IPHAN quando da realização de ações e processos

O Livro do 5º FIPA (IPHAN-Brasil) foi lançado nesta 5ª edição do Fórum, no Brasil, e também em Portugal (fevereiro de 2019) na Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura em Matosinhos, evento que contaria com a presença de Alice Tavares e Aníbal Costa (da Universidade de Aveiro), Paula Silva (diretora da DGPC), Maria Rita Amoroso (CAU/SP e IAB-Núcleo Campinas), Katia Bogea (Presidente do IPHAN) e Andrey Schlee (IPHAN).

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O 6º FIPA em Portugal, que teve como tema principal “A Preservação da Multiculturalidade no Património Cultural”, realizou-se no Mosteiro da Batalha, de 22 a 24 de maio de 2019, com a organização conjunta da Universidade de Aveiro (Coordenação), a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), o Município da Batalha e o Mosteiro da Batalha. O Fórum contou ainda com o apoio na organização dos parceiros de Portugal Rota do Românico e Instituto Politécnico de Leiria, e da parte do Brasil, com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Instituto dos Arquitetos do Brasil IAB-DN, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP) e UIA2020 (Brasil).

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A protecção do Património Arquitetónico e Cultural, questão urgente e cada vez mais emergente nos dias atuais, deve envolver o reconhecimento de interesse público do que se pretende proteger, bem como uma maior exigência nas intervenções, entendidas desde a fase de investigação até as fases de intervenção ou promoção e gestão – ações estas que envolvem profissionais, especialistas, dirigentes e cidadãos de diversos ramos de atividades, no sentido de manter um diálogo estreito entre os âmbitos públicos e privados da sociedade.

 

No presente, observam-se grandes migrações decorrentes de situações instáveis em alguns países, quer pela guerra, quer por questões políticas ou financeiras. As alterações demográficas que daí advém colocam na ordem do dia o desafio de preparar uma visão mais abrangente de uma Educação para o Património sem fronteiras e o reconhecimento de que o Património Arquitectónico encerra em si identidades culturais que devem ser preservadas e não uniformizadas. Interessa olhar para o passado, compreender os modos de apropriação da cultura, técnicas construtivas e arquitectónicas, que representam o contributo dos antigos movimentos migratórios. Interessa conhecer para saber apreciar e saber intervir.

 

Os ciclos migratórios entre Portugal e o Brasil, no passado, não se reduziram a isso, tendo ambos os países recebido influências culturais de países europeus, asiáticos e africanos. Interessa, assim, conhecer e compreender este legado, definir intervenções criteriosas e qualificadas e saber geri-lo dentro da sua especificidade. Este é o mote da 6ª edição do FIPA, debater os registros de multiculturalidade presentes em muito do Património Arquitectónico, de que forma esta particularidade deve ser gerida e promovida, para além das condições técnico-científicas que exigem abordagens específicas nas operações de restauro, conservação e reabilitação. Por este motivo também o FIPA sempre abriu espaço para debates interdisciplinares e interinstitucionais, contando com mesas-redondas e apresentação de trabalhos universitários atuais.

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7º FIPA - RIO DE JANEIRO

§ registro da marca FIPA FÓRUM INTERNACIONAL DE PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO  PORTUGAL BRASIL jurisdição portuguesa (processo nº 647.091)

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§ registro da marca FIPA FÓRUM INTERNACIONAL DE PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO BRASIL PORTUGAL em jurisdição brasileira (processo nº 925.620.700)

O logo do FIPA tem do lado brasileiro o azulejo criado pelo artista Gerardo Martin Sarasá e  foi presenteado  ao FIPA  pelo filho Toninho Sarasá.

SARASÁ, Gerardo Martin (Arbucias, Espanha 1940). Ceramista, pintor e desenhista. Transferindo-se para o Brasil, fixou-se em São Paulo, onde iniciou suas atividades no campo da arte em 1962. Fez curso de desenho de propaganda na Associação Paulista de Belas Artes, de cujos salões anuais participou desde 1962, recebendo pequena medalha de bronze em 1968. Figurou ainda nos VIII, X e XI salões de Arte de São Bernardo do Campo (entre 1965 e 1968 / pequena medalha de prata em 1965) XXXI e XXXII SBPA (1966 e 1967), V Salão Municipal de Belas Artes de Jundiaí (1968) e I Salão da Paisagem Paulista (São Paulo, 1969). Dedica-se especialmente à cerâmica, trabalhando inclusive com azulejos policromados, de temas religiosos ou da fauna e flora brasileiras, entre outros.

Crédito logo FIPA - Estúdio Sarasá

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8º FIPA - LISBOA 

A 8ª edição do Fórum Internacional do Património Arquitetónico Portugal Brasil aconteceu nos dias 2 e 3 de junho de 2022, no Museu dos Coches, em Lisboa, sob o tema geral "Património arquitetónico em risco" e que integrou este ano uma homenagem ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha, prémio Pritzker, autor do projeto de arquitetura do Museu dos Coches.

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O 8 FIPA chegou ao fim e os coordenadores gerais FIPA Portugal (Aníbal Costa e Alice Tavares) e FIPA Brasil (Maria Rita Amoroso) agradecem o apoio de todos, em particular à Direção Geral do Património Cultural, ao seu Diretor-Geral arquiteto João Carlos Santos e ao Museu dos Coches na pessoa do Diretor Dr Mário Antas que integraram a Comissão Organizadora deste FIPA e que permitiram a sua realização no espaço desejado, símbolo de ligação entre Portugal e o Brasil.

Agradecemos igualmente a todos os membros da Comissão Científica e às entidades de apoio à comunicação, Gecorpa e Pedra & Cal.

Os nossos agradecimentos a todos os técnicos da DGPC, arquiteta Elisabete Moura e equipa, à equipa da Universidade de Aveiro Prof. Hugo Rodrigues e Eng Jorge Fonseca, à equipa da P3R arquitetos Cláudia Escaleira e Rúben Cardoso, à equipa da APRUPP Inês Pereira e arquiteta Ana Rita Santos, por todo o apoio.

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Contamos com todos vós na próxima edição do FIPA 2023 no Brasil, São Luís do Maranhão (uma cidade à semelhança de Lisboa) a registar na agenda 14, 15 e 16 de junho de 2023.

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FOTO 1 - Esta 8ª edição do FIPA que se realizou no Museu dos Coches em Lisboa teve direito a uma visita guiada orientada pelo Diretor do Museu o Dr Mário Antas, que nos deu a conhecer esta obra do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, prémio Pritzker, o espólio único dos coches Portugueses e a área reservada da conservação e restauro, bem como as reservas do museu. Uma visita que merece ser feita. O nosso agradecimento a todo o pessoal do museu, que foram incansáveis e claro ao Diretor do Museu dos Coches por todo o apoio.

FOTO 2 - O FIPA deu ainda destaque à atividade do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (CNANS, DGPC) cuja comunicação "O património subaquático e a construção da cidade histórica" foi apresentada pelo seu Coordenador, o conservador restaurador José António Gonçalves.

fipa’s history

FIPA Origins:

International Forum of Architectural Heritage Portugal / Brazil

The history of FIPA (International Architectural Heritage Forum - Brazil / Portugal) begins with the meeting of two architects, Maria Rita Amoroso [NOTE 1] (Brazil) and Alice Tavares [NOTE 2] (Portugal), which results in the common proposal. to unite the two continents to discuss the constructive techniques and resume this historical relationship between Portugal and Brazil - sometimes problematic, but also emblematic in their union - precisely through Heritage.

 

Early on, Portuguese engineer Aníbal Costa [NOTE 3] joined both architects; Together, and driven by the idea of ​​a positive resumption of relations between the two countries, the three professionals considered the creation of a forum for debates on architectural and cultural heritage, both locally and globally, as an effective way to continue discussions and exchanges of information about Heritage today, in favor of improvement and progress initiatives for both nations.

 

Aware that much is discussed at the present time about the setbacks of the historical relationship between Portugal and Brazil, often by signaling, on both sides, the responsibility for the problems arising from this relationship (on the one hand, the Portuguese and the effect / cause of the on the other, thanks to the colonizers, there were occupation and planning policies in Brazil that culminated in the birth of a new nation), FIPA is born from a not only professional positioning of these three professionals, but, above all, from a political and ethical posture. Amoroso, Tavares and Costa in favor of building a unique forum capable of finally bringing together the latest techniques and solutions in world architecture.

 

That is why FIPA, since its inception and throughout its six years of achievement, has been responsible for fostering, enriching and consolidating real cultural policies, both theoretical and practical, aimed at preservation, management and use / reuse of architectural heritage.

 

 

[1] Maria Rita Amoroso: General Coordinator in Brazil - International Forum of Architectural Heritage Brazil / Portugal (FIPA). Urbanist Architect, PhD in Architecture, Technology and City by the State University of Campinas (UNICAMP). Researcher in the Postdoctoral course in the heritage of Brazil and Portugal at the University of Aveiro (UA). Researcher in the Post-Doctoral course at the University of São Paulo – FAU /USP Campinas Laboratory: prospecting in Landscape Archeology and proposing a conservation manual for the historic center

President of CICOP.NET - BRAZIL (Florence, Italy), President - YPHATIA - CICOP (Florence - Italy). Counselor of CONDEPACC - Cultural Heritage Council - Campinas / SP. She worked between 2009 and 2012 as an advisor for large specific projects within the departments: SEMURB Urbanism, SEPLAN planning, Culture and Transportation of Campinas City Hall. Author of the Urban Requalification Project of Av. Francisco Glicério (year: 2015) and Av.Campos Sales Campinas-SP (year: 2022). She develops several revitalization, restoration and conservation projects of historic farms in the states of São Paulo and Rio de Janeiro

 

[2] Alice Tavares: General Coordinator in Portugal - International Forum of Architectural Heritage Brazil / Portugal (FIPA). Architect (FAUP, 1993), Researcher at RISCO - Department of Civil Engineering of the University of Aveiro (UA), Assistant Professor at the Department of Civil Engineering of the UA (Heritage Rehabilitation Course), develops post-doctoral research supported by FCT in terms of the heritage of Portugal and Brazil. PhD in Civil Engineering at the University of Aveiro (UA) in 2015. She is advisor and co-orientator of masters and doctoral students of Architecture and Civil Engineering. She is a publisher and author of books, book chapters and articles on Heritage Rehabilitation and Earth Construction, collaborating as a researcher in national and international research projects and with AU technical teams for the inspection of buildings, monuments and urban structures. He is currently Member of the National Board of Directors of the Order of Architects, President of the Board of the Portuguese Association for Urban Rehabilitation and Heritage Protection (APRUPP), President of CICOP.Net Portugal (Florence, Italy). She is a researcher on the projects: Mortars for early 20th century building conservation - Compatibility and Sustainability and SafEarth: Seismic protection of earthen construction heritage and COST Action TD1406 - Innovation in Intelligent Management of Heritage Buildings.

 

[3] Aníbal Costa: General Coordinator in Portugal - International Forum of Architectural Heritage Brazil / Portugal (FIPA). Full Professor at the University of Aveiro. Degree in Civil Engineering from the Faculty of Engineering of the University of Porto (FEUP); PhD in Civil Engineering at FEUP. President of the Portuguese Society of Seismic Engineering (SPES). Member of the Social Bodies of ICOMOS de Portugal. Member of the Board of CICOP-Net of Portugal. Member of the Infrastructure Commission of the Diocese of Porto. Structural Specialist by the Order of Engineers. Board Member of the Order of Engineers. He is editor of 15 books and magazines with national and international publication, author of 73 national and international book chapters, 91 articles in international magazines, 44 in national magazines and more than 500 articles in national and international conferences. He is advisor to numerous PhD and Master theses. European project committee member COST 18110 - Underground Built Heritage as catalyser for community valorisation.

 

 

Coincidentally, at the time of preparation for the 1st FIPA, architect and urban planner Maria Rita Amoroso served as Director of the IAB-Campinas Center, having made the invitations and was responsible for consolidating the partnerships that resulted in the joint signing of a Cooperation Protocol. Between the Institute of Architects of Brazil - IAB-Campinas Center), the UA-University of Aveiro, the Pontifical Catholic University of Campinas (PUCCampinas) and the Campinas City Hall, so that the 1st edition of FIPA will take place in Brazil. and in your city, Campinas.

 

This agreement between Brazilian and Portuguese institutions not only made possible the realization of the forum according to the initial ideas thought by professionals from both countries, but also shaped the format of FIPA in relation to the other editions, in order to merge meetings one year in Brazil and another in Portugal, adding leading professionals in the scientific, technical and heritage management fields.

 

This time, at the occasion of the “Brazil-Portugal Sustainability” Forum on June 25, 2014, at the Royal Palm Plaza Hotel's Country House, in Campinas, the International Cooperation Protocol signed between the Institute of Architects of Brazil, the University of Aveiro, the Campinas City Hall and the Pontifical Catholic University of Campinas, and the launch of the 1st FIPA. This Cooperation Agreement ensured that there were approaches developed within FIPA regarding the various actions and methodologies to be adopted in Heritage rehabilitation, as well as the new uses for old buildings, the maintenance of high levels of authenticity, the sustainability of interventions and the value of the cultural landscape.

 

The 1st FIPA took place on October 30, 2014 in Brazil, in the city of Campinas, in the Plenary of Campinas City Hall. The general proposal was to discuss actions and policies for the preservation and protection of Cultural and Architectural Campinas Heritage. Divided into round tables throughout the day (8 am to 7 pm), experts and speakers discussed various topics related to the heritage in question. The technical-cultural partnership linked to the universities, in turn, through academic exchanges, provided the exchange of experience between the two sides of the Atlantic, uniting expertise, learning and new discoveries through social coexistence between its students, researchers and cultural agents.

 

In 2015, the 2nd FIPA was held in Portugal, at the University of Aveiro, in a joint organization with IAB Campinas and APRUPP.

The second edition of FIPA intended to continue the Forum of the previous year in order to disseminate and debate the work that has been developed in the two countries around the built heritage, its maintenance, rehabilitation and dynamization as a process of value creation. As its main objective, the 2nd FIPA had the sharing of knowledge and experiences at the technical, scientific and cultural level that allowed to consolidate joint actions, partnerships and, still, the debate around the cultural policies related to the heritage management, with special focus on the connection between Portugal and Brazil and their common legacy. Architect and urban planner Dr. Maria Rita Amoroso (PhD), FIPA’s Brazilian coordinator, notes that Brazil and Portugal are united by their common heritage: “Historically, the material and immaterial legacies of these two countries are firmly entwined, and our main goal is to preserve all this wealth and diversity”.

 

 

The 3rd FIPA, back in Brazil in its third edition, was promoted by the Pontifical Catholic University of Campinas-PUCCampinas (São Paulo), and was held at the PUCCampinas campus from May 11-14, 2016. For personal reasons, PhD. Maria Rita Amoroso was absent from the organization of this forum in Brazil.

With the support of the Campinas Regional Center of the Institute of Architects of Brazil, the Faculty of Architecture and Urbanism (FAU) and the Graduate Program in Urbanism (POSURB) of PUCCampinas, and the University of Aveiro (Portugal), the 3rd FIPA brings specialists, professionals, teachers, students - also of Portuguese origin - to continue the debates about the architectural and cultural heritage.

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In 2017, the 4th FIPA was held on 25 and 26 May at the Pombeiro Monastery (part of the Rota do Românico), under the organization of the University of Aveiro, Rota do Românico (Romanesque Route) and the partnership of the Institute of Architects of Brazil - Nucleus of Campinas-SP,  and the Pontifical Catholic University of Campinas.

In this 4th Edition, FIPA holds bilateral debates involving technicians, the scientific community, companies, cultural agents, city councils, institutions linked to the preservation and maintenance of Heritage, as well as others interested in this topic. The two days of the Forum had moments of debate for wider participation. The first day was marked by the intervention of the responsible entities and promoters of the actions of promotion, financing and regularization of the interventions in the heritage. The second day was reserved for the presentation of cases, such as good practice exercises and technical reflections.

Professor Aníbal Costa, an engineer who coordinates FIPA in Portugal together with Professor Alice Tavares (who is also an architect), says: “This Forum has organised international discussions on architectural heritage, addressing the fields of decision-making and architectural practice, and their interactions with aspects of identity, culture, change and development, when faced by the greatest test of our times: the social challenge”.

 

The 5th FIPA, in 2018, Brazilian edition of the Forum, was held for the first time in Rio de Janeiro, under the General Coordination of Arch. PhD. Maria Rita Amoroso from May 23, 24 and 25, at the National Historical Museum, and in the Imperial Palace. Following the invitations made by FIPA's General Coordinator in Brazil, this edition of the Forum - as well as the others - can count on the pioneering partnership of IPHAN (Ministry of Culture) and IAB Nacional, in addition to the effective partnerships of the University of Aveiro (AU). ) and PUC-Campinas and DPA. To these were added the Federal University of Rio de Janeiro, CAO-SP, CAO-RJ, ICOMOS, Docomomo Brasil, and UIA2020RIO (in preparation for the 27th World Congress of Architects in 2020, the most important world architecture event that will also take place in Rio de Janeiro, a city elected by UNESCO as the “World Capital of Architecture”).

In addition to lectures by experts and roundtables followed by debates with the public, the activities around the issue of the Reuse of Architectural and Cultural Heritage were related to the national material and intangible heritage, such as the 5th FIPA sui generis program. , which included guided tours, exhibition of the documentary “Dismount the Mount” (by Sinai Sganzerla), restoration of the 18th Century Rio Mockup - The Flood (restored by IPHAN especially to be exhibited during the Forum), and finally a Jongo Wheel, made thanks to the efforts of Arch. Maria Rita Amoroso and Arch. Luiz Fernando Almeida Freitas, who, together with the City Hall of Vassouras, held a specific round table in the Imperial Palace to deal with the Intangible Heritage, followed by the presentation of the Jongo Wheel attended by 14 masters.

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The 6th FIPA had as its main theme “The Preservation of Multiculturality in Cultural Heritage”. It was held at Batalha Monastery from 22 to 24 May 2019, with the joint organization of the University of Aveiro (Coordination), the General Directorate of Cultural Heritage (DGPC), Batalha Municipality, Batalha Monastery, and supported by the organization of the Rota do Românico and the Polytechnic Institute of Leiria (partners from Portugal), and Institute of National Historical and Artistic Heritage (IPHAN), Institute of Architects of Brazil, Council of Architecture and Urbanism of São Paulo (CAU-SP) and UIA2020-Brazil (partners from Brazil).

The protection of the Architectural and Cultural Heritage involves the recognition of the public interest of what is intended to be protected and also a greater demand on interventions, from the research phase to the intervention or promotion and management phase.

Currently, large migrations are observed as a result of unstable situations in some countries, whether due to war, political or financial issues. Demographic changes arising from this context put on the agenda the challenge of preparing a broader vision of a Heritage Education without frontiers and the recognition that Architectural Heritage contains within it cultural identities that must be preserved and not standardized. It is extremely interesting to look at the past, to understand the ways of appropriation of culture, constructive and architectural techniques, which in many cases represent the contribution of the old migratory movements. It is interesting to know, in short, to know how to appreciate and to know how to intervene.

The migratory cycles between Portugal and Brazil, in the past, have not been reduced to this, because both countries have received cultural influences from European, Asian and African countries. Therefore, it is still interesting to understand this legacy, define judicious and qualified interventions and know how to manage it within its specificity. This is the theme of the 6th Edition of FIPA: to discuss the multicultural records present in much of the Architectural Heritage, how this particularity should be managed and promoted, in addition to the technical-scientific conditions that require specific approaches in restoration, conservation and rehabilitation. For this reason, FIPA also has always opened space for interdisciplinary and interinstitutional debates, with roundtables and presentation of university papers.

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7º FIPA – RJ

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https://www.uia2020rio.archi/forum-architectural-heritage-brazil-portugal-N082en

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